segunda-feira, 27 de junho de 2011

Óleo de oliva evita doenças cardiovasculares, diz estudo

24/Junho/2011

Pesquisadores vêm examinando diversos aspectos da chamada "dieta mediterrânea", a fim de descobrir o motivo pelo qual as pessoas do sul da Europa vivem mais, com menos casos de doenças cardiovasculares, comparadas aos norte-americanos e o restante dos europeus.

Segundo o site Wine Spectator, um novo estudo da Universidade de Medicina de Yale, nos EUA, identificou a oleuropeína, um componente do óleo de oliva, como um possível fator.

Durante o estudo, recentemente publicado no jornal European Society for Vascular Surgery (Sociedade Europeia de Cirurgia Vascular), os pesquisadores de Yale testaram os efeitos da oleuropeína, um polifenol no óleo de oliva, em células musculares lisas (SMC, em inglês), as quais compõem os músculos nos vasos sanguíneos que regulam a pressão arterial.

Os cientistas colheram SMC de vacas e permitiram que as células crescessem no laboratório, regulando o seu desenvolvimento e adicionando doses de oleuropeína.

Normalmente, a SMC vascular controla o fluxo de sangue ao aumentar a pressão sanguínea quando o músculo se contrai, e diminuir quando ele relaxa. Quando a SMC está danificada por conta de níveis altos de colesterol LDL (o mau colesterol), o corpo envia um grupo de glóbulos brancos para combater essa inflamação.

Tais glóbulos, contudo, acabam causando um dano ainda maior, já que misturam com LDL oxidado e formam células "espumosas". SMC, então, se prolifera para tentar se curar. As novas SMC combinam com as células espumosas para formar placas nas paredes das artérias. Ao longo do tempo, esse processo leva à aterosclerose, doença vascular e de alta pressão sanguínea.

Os cientistas descobriram que quanto mais oleuropeína eles adicionavam, menos SMC se desenvolviam. O crescimento diminui 92% enquanto a equipe administrou a alta dose do composto. Eles concluíram que oleuropeína no óleo de oliva limita a proliferação de SMC e, portanto, pode proteger contra insuficiência cardíaca.

Então se você está no sul da França, por exemplo, degustando um bom peixe mergulhado em azeite, seguido de uma fatia de queijo, você irá desencadear o processo de formação de placas. Mas no momento em que SMC supostamente deve crescer e se misturar com as células espumosas, a oleuropeína está limitando esse crescimento, levando à redução das placas e a um coração mais saudável.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O Cruzeiro e suas jovens promessas

Nenhum time consegue vencer campeonatos importantes sem a utilização de suas jovens promessas! Foi assim na taça Brasil de 66, com Tostão, Dirceu Lopes, Piazza e no campeonato brasileiro de 2003 quando o Cruzeiro ganhou a tríplice coroa brasileira. No gol daquela brilhante esquadra  tinhamos o jovem Gomes que se destacava muito e dava a tranqüilidade esperada pelos seus colegas de linha. Agora vimos outro exemplo claro que é o time do Santos. Que bacana ver o glorioso Santos vencer a Copa Libertadores com tantos jovens formados nas categorias de base. Neymar, Ganso, Rafael, Alexandro, Elano e tantos outros mostraram mais uma vez que jogadores formados nas categorias de base se identificam muito mais com o clube formador. O Jogador da base é mais batalhador, mais guerreiro!  Os jogadores oriundos de outras equipes são guerreiros também, mas não podemos compará-los com os jogadores formados na base, pois lhes faltam algo maior que os identifique com o clube. O que vimos na final da copa Libertadores, ao final do apito do árbitro Argentino, mostrou claramente como os jogadores formados na base vibram mais, enfim curtem muito mais uma conquista do que os forasteiros advindos de outros clubes! No Cruzeiro não é nada diferente. Recentemente o time de CUCA foi eliminado da copa Libertadores sem nenhum jogador da base! O que vimos? Vimos um time, um amontoado de atletas, sem muita identificação com o clube perder para um Once Caldas já quase eliminado! Então Joel dê chance aos meninos! Dê oportunidades para os jovens formados na base! Nenhum time do mundo consegue ganhar títulos importantes sem a utilização de suas jovens promessas!

CRUZEIRO ESCREVE O NOME DE MINAS NO CENÁRIO NACIONAL

Redenção mineira

Há 45 anos, as divisas de Minas se abriam para o Cruzeiro, com a conquista da competição nacional, oficializada no ano passado pela CBF como título brasileiro

Renato Alves - Estado de Minas

24/06/2011 07:00

Beto Magalhaes/EM/D.A Press
Dirceu Lopes lembra com orgulho da equipe celeste campeã da Taça Brasil de 1966


Taça Brasil de 1966 descentralizou o futebol brasileiro e inseriu o Cruzeiro no cenário nacional e mundial. Disputada em modelo parecido ao da atual Copa do Brasil, a competição ficou marcada por duas memoráveis vitórias celestes sobre o quase imbatível Santos de Pelé, Pepe, Zito, Edu, Dorval e Gilmar. Triunfos que deram o título à equipe mineira e revelou nomes como Tostão, Dirceu Lopes, Natal, Raul e Piazza.

Até então, o Cruzeiro conhecia apenas os gramados de Minas e ainda lutava contra equipes como o Siderúrgica, de Sabará, para se firmar como grande força no estado. Nem sequer tinha centro de treinamento ou algo parecido com a atual elogiada estrutura. A realidade do time e do próprio futebol mineiro começara a mudar em 1965, com a inauguração do então moderno Mineirão.

Beto Magalhaes/EM/D.A Press
Piazza recorda as manchetes esportivas do título estrelado
Antes do estádio da Pampulha, o Cruzeiro treinava e mandava seus jogos no acanhado campo do Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O local hoje é um dos dois clubes de lazer da Raposa. “O profissionalismo no futebol só existia de direito, não de fato. Não havia um preparo físico adequado nem salários definidos. O treinador fazia de tudo, alguns até o papel de roupeiro. O jogador sofria enorme preconceito da sociedade. Muitas vezes com razão, pois prevalecia a boemia”, recorda Piazza, volante e capitão daquele Cruzeiro.

Zagueiro titular da Seleção Brasileira tricampeã do mundo em 1970, Piazza dividia as atividades de bancário com as de jogador de futebol até o início da competição que mudou a história do clube. “A Taça Brasil era a primeira competição interestadual do Cruzeiro, por isso íamos ter de treinar e viajar mais. O banco não tolerava tantas faltas ao trabalho e me demiti”, lembra. Então com 23 anos, temia o futuro. “À época, clube de futebol se mantinha com bilheteria e amistosos. O Cruzeiro ainda não arrecadava tanto.”

Daí a importância da construção do Mineirão e da conquista de 1966. Com capacidade acima de 100 mil pessoas, o gigante da Pampulha substituía o Independência, até então maior estádio de Minas, construído para a Copa de 1950, para até 25 mil pessoas. Com o título nacional e, principalmente, as duas vitórias sobre o Santos na decisão, a Raposa ganhou vaga na Copa Libertadores do ano seguinte e inúmeros convites para amistosos no Brasil e no exterior.

As decisões

Cruzeiro e Santos decidiram a Taça Brasil em duas partidas históricas. A primeira, em 30 de novembro, no Mineirão, chamou a atenção do mundo do futebol por uma inimaginável goleada. O time de garotos do Barro Preto, muitos recém-promovidos do juvenil (atual júnior), bateu o já mundialmente aclamado Peixe de Pelé por 6 a 2. O primeiro tempo terminou 5 a 0. Mas, na época, era comum o alvinegro virar placares desfavoráveis, com qualquer diferença. Já no começo da etapa final, ele esboçou uma reação, fazendo dois gols, mas Dirceu Lopes marcou seu terceiro na noite e definiu os 6 a 2.

O saldo de gols do primeiro jogo de nada valia. Bastava ao Santos vitória simples para provocar terceira partida. Ao entrarem no Pacaembu na noite de 7 de dezembro, os times se depararam com forte chuva, campo enlameado, poças d’água e cerca de 45 mil torcedores nas arquibancadas.

Tocando a bola como sempre e também explorando as jogadas aéreas, o Santos logo dominou as ações e abriu o placar aos 23min, quando Pelé driblou William e chutou no canto. Aos 25min, em passe do Rei, Toninho invadiu a área e deslocou Raul: 2 a 0. Àquela altura, todos, inclusive os jogadores cruzeirenses, sua torcida e a imprensa mineira, esperavam o troco da humilhante derrota do jogo anterior.

No intervalo, o presidente da Federação Paulista de Futebol, Mendonça Falcão, adentrou o vestiário cruzeirense para sugerir ao presidente do clube mineiro, Felício Brandi, o Maracanã como palco do terceiro e último jogo. Tudo na frente dos atletas.

A atitude do cartola paulista mexeu com os brios mineiros. Felício explodiu de raiva, afirmou que não haveria terceira partida e ainda cobrou a imediata resposta do seu time. O Cruzeiro votou a campo bombardeando a área santista, enquanto Piazza neutralizava Pelé, como no primeiro jogo.

Aos 12min, Hilton Oliveira serviu Evaldo, que acabou derrubado na área por Oberdan. O árbitro carioca Armando Marques marcou pênalti. Mas Tostão bateu mal e Cláudio defendeu. Inconformado, o camisa 8 se redimiu aos 18min com gol de falta praticamente sem ângulo. Ainda no abafa, o Cruzeiro empatou 10 minutos depois, com Dirceu Lopes. A igualdade já era suficiente, mas, aos 44min, Natal deu o golpe final e sacramentou o título da jovem equipe de Belo Horizonte.

A imprensa


Triunfo épico do futebol mineiro

"Conquistou ontem o Cruzeiro o maior troféu do futebol nacional, ao derrotar de maneira espetacular a famosa esquadra do Santos, detentora, por cinco anos consecutivos, da Taça Brasil, agora em poder do time mineiro, que acaba de sagrar-se como realmente o mais perfeito do País… Ao final do emocionante confronto, lá estava o marcador que consagrava definitivamente o onze montanhês como campeão brasileiro"

Estado de Minas, 8/12/1966