Clube celeste venceu o River Plate na final e, no ano seguinte, sagrou-se bicampeão
Gilmar Laignier - Superesportes - Jornal O Estado de Minas - Edição de 19/11/2010O dia 20 de novembro está marcado na história do Cruzeiro. Nessa data, em 1991, o clube celeste conquistou seu primeiro título da Supercopa dos Campeões da Libertadores da América. Neste sábado, a Raposa comemora aniversário de 19 anos da glória. Para chegar à final, contra o River Plate-ARG, o Cruzeiro passou pelo Colo Colo-CHI, Nacional-URU e Olímpia-PAR nos mata-matas.
A competição reunia apenas os campeões da Copa Libertadores da América. Portanto, apenas Cruzeiro, Santos, Flamengo e Grêmio representavam o Brasil naquela época. Em 1992, o São Paulo também passou a participar do torneio, por ter vencido a Libertadores nesse ano.
O alto nível da disputa fazia com que os estádios estivessem sempre cheios. Em 1991, por exemplo, o clube celeste teve média de 58.229 pagantes por jogo. No ano seguinte, quando foi bicampeão, a média foi de 73.105 pagantes por partida.
A decisão de 1991, contra o River Plate, ficou marcada na memória dos cruzeirenses pelo heroísmo dos jogadores. O Cruzeiro havia perdido a primeira partida da decisão por 2 a 0, no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. Para ser campeão, o clube celeste precisava vencer por três gols de diferença e acabou conseguindo a façanha. Os tentos foram anotados por Ademir e Mário Tilico, que marcou duas vezes.
O título significou o retorno do Cruzeiro ao cenário esportivo sul-americano e brasileiro, depois de mais de uma década de jejum. A torcida celeste invadiu o campo e vários cruzeirenses atravessaram o gramado de joelhos. Um torcedor, funcionário do hospital João XXIII, ficou três dias no centro de Belo Horizonte com a bandeira do Cruzeiro, em cumprimento de uma promessa.
O bicampeonato
No ano seguinte, o Cruzeiro ratificou sua condição de clube copeiro e sagrou-se bicampeão da Supercopa dos Campeões da Libertadores da América, superando o Racing-ARG na final. No caminho para a decisão, o clube passou por Atlético Nacional-COL, River Plate-ARG e Olímpia-PAR.
Paulo César, César Masci e Paulo Roberto com a taça no Aeroporto de Confins, em 1992 |
Contra os colombianos, o Cruzeiro cravou a maior goleada da história da Supercopa Libertadores: 8 a 0, no Mineirão. O atacante Renato Gaúcho foi o nome do jogo e marcou cinco gols, um deles quando estava sentado no gramado, na área adversária.
Na decisão, o Cruzeiro atropelou o Racing do goleiro Roa por 4 a 0, no Mineirão, e foi derrotado por 1 a 0, em Avellaneda, na Argentina, garantindo o bicampeonato da Supercopa. A média de público do clube, de 73.105 pagantes por jogo, nesse torneio, foi um marco para o crescimento da torcida cruzeirense no decorrer da década de 1990.
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