A malandragem carioca foi imortalizada nas letras do sambista Bezerra da Silva. Para ele malandro é malandro mané é mané. O homem satirizava e ironizava os traficantes e seu produto de consumo através do bom humor da música… E não é que a malandragem tomou conta do Rio de Janeiro! Tomou conta e hoje traz sérios problemas de segurança pública para aquela capital. Nessa semana estamos todos aterrorizados com as cenas de guerra e de atos de terrorismo mostrados pelas redes de televisões que tentam explicar o inexplicável, e tirar algum proveito com os acontecimentos para fazer crescer seus ibopes. A malandragem carioca emergiu de uma brincadeira para se tornar uma coisa muito séria com enraizamento profundo na cultura do povo do Rio de Janeiro. Ser malandro, levar vantagem, tornou-se uma coisa corriqueira na terra de Bezerra da Silva. Não é que o povo do Rio de Janeiro seja menos trabalhador que o resto do pais. O problema é que a brincadeira elaborada pelo sambista carioca se tornou um mito a ser seguido, ou seja, o carioca bom é aquele que é malandro, e que aplica rotineiramente a famosa lei de Gerson. Quem não é malandro virou mané. Hoje o carioca paga caro pela absorção da malandragem. Malandragem hoje virou coisa séria! Tão séria que nem o Estado consegue combater a malandragem, seja ela composta por traficantes armados até os dentes ou mesmo por simples bandidos que se especializaram em realizar arrastões pelos bairros, ruas e estradas da cidade do Rio de Janeiro. Ainda está em tempo para os governantes e a população daquele importante estado da federação brasileira rever se vale a pena ser malandro. Os malandros estão vencendo os manés! Enfim somos quase todos manés!
sábado, 27 de novembro de 2010
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Estou a fazer um trabalho sobre a Samba-de-breque e gostava de usar esta imagem para a apresentação. Você sabe quem é o autor?
ResponderExcluirMuito obrigado.